domingo, 3 de novembro de 2013

Cavalca

Cavalcante (Cavalca para os íntimos) é uma cidadezinha rodeada por montanhas, numa paisagem bonita demais. Diferente das outras cidades que visitamos, parece que a população dali não está muito acostumada com turistas e estranham um pouco quando perguntamos onde fica tal cachoeira. Também não encontramos informações ou mapas sobre os atrativos. Nos restou ir “na raça” e com as informações que já tínhamos.
Fomos visitar a cachoeira Veredas e quando chegamos lá (já na hora do almoço), descobrimos que eram 5 ou 6 cachoeiras, mais um canyon (Véu da Noiva, Toca da Onça, Veredinhas, Poço Encantado, Canyon e Veredas por cima). A surpresa seria boa, se estivéssemos preparados para andar, se tivéssemos bastante tempo e se a trilha fosse marcada. Nenhuma das alternativas. Tentamos encontrar a primeira delas, sem sucesso. Não parecia ter trilha, um paredão de pedras sem sinalização e outros turistas que estavam lá antes de nós também não acharam e desistiram. Nós fomos mais insistentes, e tentamos achar uma trilha e nada. Então fomos fazer as outras trilhas que estavam indicadas. Subimos uma montanhona com a Sapa até encontrarmos o inicio das trilhas. E valeu a pena! A vista lá de cima era linda, as cachoeiras deliciosas e as trilhas tranquilas, mais de carro que a pé, lembrando que tem que ser um 4x4 valente igual à Sapa. Pena que perdemos tanto tempo procurando a principal que não pudemos curtir mais essas outras. Fica pra próxima...














Num outro dia, voltamos para conhecer a Veredas e foi uma escalaminhada nada fácil, mesmo pra gente que está acostumado com essas coisas. E ainda assim, não chegamos debaixo dela por conta da temperatura da água muito fria. Boa sorte pra você que vai tentar!
                                         

No dia seguinte fomos ao território dos Kalungas, quilombolas que vivem na região e nos surpreendemos bastante. Já tinham nos dito que a Cachoeira Santa Bárbara era imperdível, mas não imaginamos tanto. Chegamos ao povoado Engenho II e já ficamos surpresos com a organização para a recepção dos turistas. 




Quem nos acompanhou foi uma guia muito simpática, a Mi, que nos contou algumas histórias sobre a cachoeira e a evolução do turismo local. Muito legal! Chegamos de carro até bem próximo à cachoeira que fica há cerca de 6 km do povoado e seguimos por uma trilha por cerca de 15 minutos. Passamos por uma queda d’água pequena que já era de deixar o queixo caído (Barbarinha), mas quando tivemos a visão da cachoeira, ficamos completamente atônitos. Não costumo dizer isso, mas é uma das mais lindas que conheço! Vale muuuuuito a pena!









Além dessa maravilha, fomos conhecer a cachoeira do Capivara e sua sequência de quedas d’água, inclusive onde o rio Capivara se encontra com o rio Tiririca, formando um só poço com as quedas dos dois rios. Bem bonito, mas aí os banhos tinham que ser rápidos por conta da temperatura baixa da água. Mas é tudo muito bonito!







Fomos também à cachoeira São Bartolomeu que fica na área da Pousada Vale das Araras, que fica na RPPN de mesmo nome (Reserva Particular de Patrimônio Natural). Uma ótima trilha por um cerrado alto bem conservado, muito bem sinalizada e agradável, que chega a um lago incrível. A cachoeira não tinha muita água, mas foi um ótimo final de tarde.




Saindo de Cavalcante tínhamos ainda o Rio Preto para conhecermos, mas fica distante da cidade e não tínhamos nos programado pra isso. Apesar de dizerem que é bem bonito, fica pra próxima... Já ficamos mais que satisfeitos com o que vimos nessas redondezas.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Parque Nacional Chapada dos Veadeiros

Talvez a maior expectativa para conhecermos a Chapada dos Veadeiros era o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV). Tinham nos avisado que só poderíamos visitar o Parque acompanhados por guia de turismo credenciado. Outros nos disseram que não precisava mais de guia. Realmente, a obrigatoriedade do acompanhamento de guias não existe mais. Apesar da polêmica sobre o assunto, as trilhas são bem marcadas, sinalizadas e existe um bom material na sede do parque para o turista se familiarizar com as opções. Mas o trabalho de um bom guia, é insubstituível.





Para a trilha da travessia das sete quedas é necessário agendamento prévio de 5 dias pela internet, o que não tínhamos feito. Com guia pode-se fazer sem agendamento, mas pra nós seria difícil porque você entra pelo Parque e sai por outro local distante da vila e precisaríamos de alguém para levar a Sapa. Deixamos pra lá...
O Canyon I estava fechado devido à presença do Pato Mergulhão, espécie ameaçadíssima de extinção, nesta época do ano. Deixamos os meninos em paz, fazendo patinhos!
Então nos restaram 2 opções: o Canyon II e a Cachoeira das Carioquinhas e a trilha dos Saltos e corredeiras. Começamos pelo Canyon II. Foi uma caminhada muito bonita de 10 km ida e volta, por um cerrado de altitude com vários cristais pelo chão. O calor era forte e foi ótimo chegar na Cachoeira das Carioquinhas para um banho super-refrescante e só nosso.





Na sequência continuamos a caminhada até o Canyon, que impressiona por sua beleza, grandiosidade e pela tranquilidade também. Íamos tentar fazer a trilha dos Saltos no mesmo dia, mas ameaçou uma chuva, que caiu exatamente quando chegamos na sede do parque. Foi lindo ver a chuva no cerrado. E foi uma boa chuvarada! E os cheiros então? Deliciosos!





No dia seguinte voltamos ao Parque para fazermos a trilha dos Saltos. Também com cerca de 5 km é uma trilha que passa pelos locais que antes foram garimpos de cristais de quartzo. Primeiramente visualizamos o Salto de 120 metros e toda sua imponência. Na sequência, chegamos ao Salto de 80 metros, onde tomamos um ótimo banho refrescante e revigorante.











Por um instante, pensamos em não irmos até as corredeiras, mas ainda bem que fomos! Foi um dos melhores banhos que tomamos na Chapada dos Veadeiros! São várias quedas pequenas de água, formando banheiras borbulhantes de hidromassagem. Simplesmente delirante! Parecíamos duas crianças que nunca viram água. Ficamos horas mudando de uma queda para outra, com a água na temperatura ideal. E assim foi até quase entardecer, já que tínhamos que caminhar até a sede do Parque. Foi mais um dia inesquecível!







No dia seguinte deixamos São Jorge e fomos conhecer o tão famoso Vale da Lua. As formações desenhadas pelas águas do rio São Miguel nas rochas escuras são muito bonitas e realmente nos fazem lembrar as imagens das crateras lunares, mas sinceramente, os outros lugares que visitamos no vale do mesmo rio (Vale das Pedras, Raizama e Morada do Sol) me pareceram mais bonitos e com mais locais para banhos, talvez pela época seca do ano. De qualquer forma, vale conferir.






Na volta para Alto Paraíso de Goiás fomos direto para a cachoeira Anjos e Arcanjos, para fazer um tratamento de radiestesia com o Andreas. Acabamos ficando pra dormir lá, o que foi uma delícia e na manhã seguinte, depois do tratamento, saímos com destino a Cavalcante. Muitas aves, muitos barulhos diferentes. Levei um “baile” pra tentar fotografar um tucano. Me fez de boba, mas eu adorei, ele é lindo! E a foto nem saiu...