Talvez
a maior expectativa para conhecermos a Chapada dos Veadeiros era o Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV). Tinham nos avisado que só poderíamos
visitar o Parque acompanhados por guia de turismo credenciado. Outros nos
disseram que não precisava mais de guia. Realmente, a obrigatoriedade do
acompanhamento de guias não existe mais. Apesar da polêmica sobre o assunto, as
trilhas são bem marcadas, sinalizadas e existe um bom material na sede do
parque para o turista se familiarizar com as opções. Mas o trabalho de um bom
guia, é insubstituível.
Para a trilha da travessia das sete quedas é necessário agendamento prévio de 5 dias pela internet, o que não tínhamos feito. Com guia pode-se fazer sem agendamento, mas pra nós seria difícil porque você entra pelo Parque e sai por outro local distante da vila e precisaríamos de alguém para levar a Sapa. Deixamos pra lá...
O Canyon I estava fechado devido à presença do Pato Mergulhão, espécie ameaçadíssima de extinção, nesta época do ano. Deixamos os meninos em paz, fazendo patinhos!
Então nos restaram 2 opções: o Canyon II e a Cachoeira das Carioquinhas e a trilha dos Saltos e corredeiras. Começamos pelo Canyon II. Foi uma caminhada muito bonita de 10 km ida e volta, por um cerrado de altitude com vários cristais pelo chão. O calor era forte e foi ótimo chegar na Cachoeira das Carioquinhas para um banho super-refrescante e só nosso.
Na
sequência continuamos a caminhada até o Canyon, que impressiona por sua beleza,
grandiosidade e pela tranquilidade também. Íamos tentar fazer a trilha dos
Saltos no mesmo dia, mas ameaçou uma chuva, que caiu exatamente quando chegamos
na sede do parque. Foi lindo ver a chuva no cerrado. E foi uma boa chuvarada! E
os cheiros então? Deliciosos!
No
dia seguinte voltamos ao Parque para fazermos a trilha dos Saltos. Também com
cerca de 5 km é uma trilha que passa pelos locais que antes foram garimpos de cristais
de quartzo. Primeiramente visualizamos o Salto de 120 metros e toda sua
imponência. Na sequência, chegamos ao Salto de 80 metros, onde tomamos um ótimo
banho refrescante e revigorante.
Por um instante, pensamos em não irmos até as corredeiras, mas ainda bem que fomos! Foi um dos melhores banhos que tomamos na Chapada dos Veadeiros! São várias quedas pequenas de água, formando banheiras borbulhantes de hidromassagem. Simplesmente delirante! Parecíamos duas crianças que nunca viram água. Ficamos horas mudando de uma queda para outra, com a água na temperatura ideal. E assim foi até quase entardecer, já que tínhamos que caminhar até a sede do Parque. Foi mais um dia inesquecível!
No
dia seguinte deixamos São Jorge e fomos conhecer o tão famoso Vale da Lua. As
formações desenhadas pelas águas do rio São Miguel nas rochas escuras são muito
bonitas e realmente nos fazem lembrar as imagens das crateras lunares, mas
sinceramente, os outros lugares que visitamos no vale do mesmo rio (Vale das
Pedras, Raizama e Morada do Sol) me pareceram mais bonitos e com mais locais
para banhos, talvez pela época seca do ano. De qualquer forma, vale conferir.
Na
volta para Alto Paraíso de Goiás fomos direto para a cachoeira Anjos e
Arcanjos, para fazer um tratamento de radiestesia com o Andreas. Acabamos
ficando pra dormir lá, o que foi uma delícia e na manhã seguinte, depois do
tratamento, saímos com destino a Cavalcante. Muitas aves, muitos barulhos
diferentes. Levei um “baile” pra tentar fotografar um tucano. Me fez de boba,
mas eu adorei, ele é lindo! E a foto nem saiu...