São Jorge é uma vila charmosa há 30 km de Alto Paraíso,
onde fica a sede do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Poucas ruas, todas de terra, casas com terrenos amplos,
algumas pousadas charmosas e tudo com um clima típico de interior, onde as
pessoas se conhecem e se cumprimentam simpaticamente na rua. Além disso,
grafites interessantes “ilustram” a cidade, como em Alto Paraíso, dando um ar
divertido ao lugar.
Decidimos os lugares que queríamos conhecer e já fomos ao primeiro mas que infelizmente foi um engodo. Sabíamos que as atrações por aqui, em sua maioria, são em propriedades particulares e por isso pagas, com exceção do Parque nacional, claro. Mas como você se sentiria se chegasse a um sítio, dizendo que quer tomar um banho de cachoeira, pagasse a taxa (R$10,00/pessoa) e o responsável não te avisasse que a cachoeira está praticamente sem água, que na época de seca a maior parte da água é desviada para abastecer o sítio e que por isso não tem muito pra ver ali? Pois é, nos sentimos turistas enganados na cachoeira do Lajeado. Ainda bem que foi só dessa vez!
Mas vamos falar de coisas boas... Fomos para o Vale das Pedras, outra fazenda por onde passa o rio São Miguel esculpindo formas nas pedras escuras do seu leito. Parecem obras de arte! Como chegamos no final da tarde, dormimos na Sapa por ali mesmo, na beira do rio para aproveitarmos melhor o dia seguinte. Uma noite deliciosa seguida de um dia lindo, com uma trilha sossegada e bonita demais, alternando entre cerrado, mata ciliar, piscinas rasas com água cristalina para banho e as corredeiras nas pedras lindas do Vale. Valeu muito a pena.
No período da tarde, fomos para a fazenda Raizama, ali pertinho. Com uma caminhada mais longa, mas nada exagerada, bem marcada e do jeito que nós mais gostamos: vai por um lugar e volta por outro. A cachoeira principal tinha pouca água, como já esperávamos, mas o mais bonito foi o canyon mais profundo que no Vale das Pedras, mas com o mesmo tipo de pedras esculpidas pela água. Beeem bonito!
Ainda voltamos para São Jorge para comermos algo e fomos até o mirante das estrelas assistir ao por do sol! Como o lugar era tão gostoso e tranquilo, resolvemos dormir lá mesmo debaixo das estrelas, mas dentro da Sapa!
No dia seguinte, seguindo a lógica do melhor caminho, fomos conhecer o Encontro dos Rios e depois a Morada do Sol. Deixamos a cachoeira do Segredo para o outro dia, pois nos disseram que seria bom aproveitarmos o dia todo nela. E é verdade!
O Encontro dos Rios é um passeio onde se vê uma paisagem diferente: o “magro” rio São Miguel de águas límpidas encontra o Tocantinzinho, por entre as pedras que formaram seu vale. A coisa deve mudar completamente de figura na época das chuvas, quando o volume deve ser enorme e perde-se os detalhes das pedras, completamente cobertas pelas águas. Gostamos mais assim, na seca.
A Morada do Sol é mais uma fazenda onde o São Miguel passa esculpindo as pedras do vale e formando banheiras especiais pra nós, com massageadores únicos e perfeitos.
No dia seguinte fomos até a Fazenda Segredo. Apesar do caminho não ser fácil pra carros pequenos, a Sapa tirou de letra e adorou passar pelos vários riachinhos de água cristalina do caminho. De onde a deixamos, caminhamos por cerca de 40 minutos por uma trilha deliciosa, por entre a mata ciliar em sua maioria, com vários locais para banho naquela água cristalina maravilhosa. Até chegarmos a uma cachoeira lindíssima com sua queda de cerca de 130 metros de água límpida que forma um amplo poço esverdeado. É um passeio que vale cada centavo da taxa de R$25,00 por pessoa ou R$15,00, quando acompanhado por guia. Sugerimos que se faça contato com a Operadora Segredo (http://www.operadorasegredo.com.br/), que foram super atenciosos. Recomendadíssimo!
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