Depois de tantas fazendas de monocultura (até peguei um
pedacinho de algodão “in natura” pra ver como era!), chegamos à Chapada dos
Guimarães, que além de ser o nome da região, das formações, do Parque Nacional,
é também o nome da cidade, que fica no alto dos paredões da Chapada, numa
altitude de 735m.
Logo na chegada, visitamos o mirante do centro geodésico da américa, que significa que ali fica o ponto equidistante entre os oceanos Pacífico e Atlântico. Mas o que vale mesmo é a vista linda da Chapada!
E pra quem acha, como eu achava, que é uma cidadezinha
pacata do interior de MT, engana-se! Cidade turística com muitas pousadas,
restaurantes e infraestrutura de serviços, praça grande e caprichada na frente
da igreja, além de condomínios com casarões luxuosos e favelas do outro lado da
estrada. E uma Secretaria de Turismo com informações sobre hospedagem e
passeios, tudo organizadinho. Surpreendeu!
Ficamos em um camping bem no centro e dormimos na Sapa,
claro. Estava um friozinho gostoso, mas com muito vento. Sabendo das
informações do que poderia ser feito com ou sem guia, visitamos as cachoeiras
do Marimbondo e da Geladeira (adivinha o porque!). Foi beeeem gostoso, as duas
cachoeiras só pra gente.
A tarde, fomos ao Alto do Céu, mais um lugar de vista deslumbrante, onde percebemos o quanto somos pequeninos nesse universo...
No outro dia fomos com outro casal e um guia local fazer
o chamado circuito das águas ou das cachoeiras. Numa caminhada muito gostosa de
3,5 km visitamos 5 cachoeiras com banhos deliciosos. E pra terminar o dia,
visitamos a famosa cachoeira Véu de Noiva, cartão postal da cidade.
Ficamos mais 2 dias na Chapada esperando o final de semana pois alguns passeios podem ser feitos sem guia no sábado ou domingo. Fomos até a cachoeira da Martinha, mas desistimos. Voltando para Campo Verde, passando por todas aquelas plantações de algodão de novo, chegamos a uma cachoeira que deve ter sido muito bonita há anos atrás, antes das monoculturas ao redor que poluíram suas águas e antes do seu uso desordenado aos finais de semana. Era um lixo só, com gente lavando roupa na cachoeira e todos os resquícios dos churrascos do final de semana anterior. Não dava.
Então resolvemos ir até a cachoeira da Mata Fria, num
corregozinho a beira da estrada, mas limpinha e só pra nós. Deu pra refrescar e
relaxar bastante durante toda a tarde.
No outro dia fizemos a trilha dos Dinossauros, uma
caminhada muito agradável pelo cerrado alto, campos rupestres e formações de
arenito características da Chapada. A vista lá de cima é incrível! Vale muito a
pena! Fomos acompanhados por dois amigos que estavam acampados conosco no
camping, o Tercius e o Alberto. Logo no começo da trilha, um bando de macacos-prego nos esperavam com muita fome...
No período da tarde, depois de nos perdermos um bocado, visitamos a famosa Cidade de Pedras, que apesar da estrada ruim e da distância, também é um passeio bastante recomendado para se ter belas visões das formações de arenito da região. Muuuuito bonito!
Resumindo, Chapada dos Guimarães é um destino especial para quem quer visuais incríveis e cachoeiras deliciosas. Gostamos muito!
Muito legal o blog, a Chapada dos Guimarães é incrível, mas infelizmente o agronegócio manda na região, a proposta inicial do parque era de 120.000 hectares, mas por pressão dos ruralistas e chacareiros, o parque ficou com apenas 33.000 hectares. Na região existe uma infinidade de atrativos, mas quase nada é explorado para o turismo, são cachoeiras belíssimas perdidas em propriedades particulares, muitas delas "virgens", um desperdício. Pertinho da cidade tem VÁRIAS cachoeiras, mas as sinalizadas são pouquíssimas (isso é ate bom, pois expulsa farofeiros)....tem a Cachoeira da Tartaruga e da Jararaca (pertinho da do Marimbondo e Geladeira), Cachoeira Cristal (na região da Salgadeira, no vale do Duende), Cachoeira da Pedra Furada e das Borboletas (perto do mirante do centro geodésico), Cachoeira da Bailarina com quase 100 mts(só entrando escondido, pois o dono da propriedade não permite visitantes) entre outras centenas
ResponderExcluir(mais de 400) que não são exploradas, essa é a realidade do Mato Grosso.
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ExcluirA Próxima vez que vierem ao Mato Grosso, visitem o Parque Estadual da Serra de Ricardo Franco, na região da Chapada dos Parecís. O Parque fica localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade (primeira capital do Mato Grosso) e possui amostras da Amazônia , Cerrado e Pantanal, a Cachoeira mais alta do estado (Salto Jatobá, com 250 metros de altura) se encontra nesse parque, além de várias outras cachoeiras monstruosas, o local foi a inspiração do escritor Conan Doyle para criar sua obra "O mundo Perdido"
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