Esse foi o dia mais difícil pra nós três. Foi um calor
infernal em uma estrada cheia de costelas-de-vaca que judiaram demais da Sapa e
da gente. Além disso, é muito difícil pra nós rodarmos mais de 400km somente
entre fazendas. É pasto ou soja pra todos os lados. Caminhões enormes rodando
naquela estrada péssima, levando grãos e sei lá mais o que sob o sol de mais de
40°C.
Mesmo assim, tentamos tirar o máximo proveito da paisagem.
E pra nossa alegria encontramos alguns resistentes de tudo isso. Aqueles que
conseguem se adaptar às novas condições e que ainda não se tornaram vítimas do
nosso sistema. Conseguimos ver emas pastando ali e aqui, seriemas se escondendo
do sol na sombra das poucas árvores, os ipês colorindo as pastagens e os
buritizais nas veredas.
No entanto, também vimos várias vítimas atropelados pelo
progresso. Em um só dia vimos tamanduás (mirim e bandeira), cachorro-do-mato,
capivara, quati e aves atropeladas à beira da estrada.
E mesmo num dia difícil, a certeza de que amanhã será
melhor é o que nos move. Sempre!
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