quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Índios à vista

Um dia e meio em Palmas, fazendo manutenção na Sapa. Cidade ampla, com avenidas largas, rotatórias (ou queijinhos, como eles chamam aqui) ajardinadas, muita coisa em construção, muito calor e poeira. E eu não sabia, mas tem belas praias em Palmas. Isso mesmo: várias praias no rio Tocantins, além de uma travessia sobre o rio/lago de 8 km. Bem bonito e diferente.







Saindo de Palmas resolvemos visitar Taquaruçu, que fica a 27 km dali, numa região cheia de cachoeiras. Logo na chegada, conhecemos o Duende local que nos indicou as cachoeiras do Escorrega macaco e do Roncador. Uma trilha super gostosa, por uma mata ciliar bem bonita e chegamos às cachoeiras que, apesar da pouca água, nos proporcionaram um banho delicioso.
 

 

 


Na volta, passamos pela Casa do Artesão, um espaço muito legal, onde os artistas da região expõem e vendem seus trabalhos. Lá conhecemos o Geison e o Daniel Soares que faz arte e moveis em buriti. Ele foi muito gentil e nos convidou para ficarmos no quintal super agradável dele. Lá conhecemos seu trabalho, feito com muito capricho, num design atual e muito interessante. Vale a pena conferir: danielsoaresdocerrado.blogspot.com





E depois de uma noite tranquila, saímos rumo a Ilha do Bananal, depois de passarmos pela FUNAI para pedir autorização e soubemos que não precisaria. Chegamos em Formoso do Araguaia no final lá pelas 4 da tarde e decidimos seguir viagem até a beira do rio. Num momento de dúvida, em uma encruzilhada no meio do nada, Niltinho achou um rapaz pra perguntar pra que lado deveríamos ir. Além de explicar, o rapaz sugeriu que o seguíssemos e ofereceu para dormirmos na fazenda dele. E lá fomos nós, enfrentando a poeira forte, beirando as fazendas de arroz num final de tarde lindo.
Num lugar cheio de ranchos de pesca à beira do rio Javaés, braço menor do Araguaia e fazendas de gado, nos instalamos e fomos direto pro rio pra refrescar e tirar metade da poeira. Foi uma noite deliciosa na Sapa, sob as estrelas. E acordamos logo cedo com o barulho das aves. E qual não foi nossa surpresa quando percebemos praticamente ao lado do ponto de travessia para a ilha. Valeu mesmo, Vanderlan! (o rapaz que nos abrigou)



 


Logo de cara, chegando à Ilha do Bananal fomos recebidos por 2 índios com caras de poucos amigos que nos cobraram R$100,00 para entramos na ilha. Sem negociação, apesar das informações que tínhamos era que cobrariam R$50,00. Paciência, vamos fazer valer! 


Rodamos cerca de 80 km da pseudo estrada que cruza a ilha, com uma grande parte parecendo uma trilha, cheia de galhos espinhosos que deixaram suas marcas nas laterais da Sapa e sob um sol muito quente em uma época de seca intensa. 
Por conta dessas condições climáticas, vimos poucos bichos: 2 veados, seriemas e várias outras aves. Deu pra notar várias partes da ilha que devem ficar inundadas na cheia (inverno daqui), mas que agora no verão estão secos e com pouca fauna nesse horário que atravessamos.
Estrada difícil, muito calor e nada de água. Para sair da ilha ainda pagamos mais R$80,00 de balsa, que não estavam inclusos nas informações.

Travessia do braço menor do Arag

 

 


A conversa das pessoas é que a ilha é muito bonita e que podem ser vistos muitos bichos e que vale a pena acampar ali alguns dias para pescar, apesar dos índios. Pode ser tudo isso mesmo, mas pra gente já foi de bom tamanho para conhecer...
Nossos índios!?!

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