Um dia e meio em Palmas, fazendo manutenção na Sapa.
Cidade ampla, com avenidas largas, rotatórias (ou queijinhos, como eles chamam
aqui) ajardinadas, muita coisa em construção, muito calor e poeira. E eu não
sabia, mas tem belas praias em Palmas. Isso mesmo: várias praias no rio
Tocantins, além de uma travessia sobre o rio/lago de 8 km. Bem bonito e
diferente.
Saindo de Palmas resolvemos visitar Taquaruçu, que fica a
27 km dali, numa região cheia de cachoeiras. Logo na chegada, conhecemos o
Duende local que nos indicou as cachoeiras do Escorrega macaco e do Roncador.
Uma trilha super gostosa, por uma mata ciliar bem bonita e chegamos às
cachoeiras que, apesar da pouca água, nos proporcionaram um banho delicioso.
Na volta, passamos pela Casa do Artesão, um espaço muito
legal, onde os artistas da região expõem e vendem seus trabalhos. Lá conhecemos
o Geison e o Daniel Soares que faz arte e moveis em buriti. Ele foi muito
gentil e nos convidou para ficarmos no quintal super agradável dele. Lá conhecemos seu trabalho,
feito com muito capricho, num design atual e muito interessante. Vale a pena
conferir: danielsoaresdocerrado.blogspot.com
E depois de uma noite tranquila, saímos rumo a Ilha do
Bananal, depois de passarmos pela FUNAI para pedir autorização e soubemos que
não precisaria. Chegamos em Formoso do Araguaia no final lá pelas 4 da tarde e decidimos
seguir viagem até a beira do rio. Num momento de dúvida, em uma encruzilhada no
meio do nada, Niltinho achou um rapaz pra perguntar pra que lado deveríamos ir.
Além de explicar, o rapaz sugeriu que o seguíssemos e ofereceu para dormirmos
na fazenda dele. E lá fomos nós, enfrentando a poeira forte, beirando as
fazendas de arroz num final de tarde lindo.
Num lugar cheio de ranchos de pesca à beira do rio
Javaés, braço menor do Araguaia e fazendas de gado, nos instalamos e fomos
direto pro rio pra refrescar e tirar metade da poeira. Foi uma noite deliciosa
na Sapa, sob as estrelas. E acordamos logo cedo com o barulho das aves. E qual
não foi nossa surpresa quando percebemos praticamente ao lado do ponto de
travessia para a ilha. Valeu mesmo, Vanderlan! (o rapaz que nos abrigou)
Logo de cara, chegando à Ilha do Bananal fomos recebidos
por 2 índios com caras de poucos amigos que nos cobraram R$100,00 para entramos
na ilha. Sem negociação, apesar das informações que tínhamos era que cobrariam
R$50,00. Paciência, vamos fazer valer!
Rodamos cerca de 80 km da pseudo estrada
que cruza a ilha, com uma grande parte parecendo uma trilha, cheia de galhos
espinhosos que deixaram suas marcas nas laterais da Sapa e sob um sol muito
quente em uma época de seca intensa.
Por conta dessas condições climáticas,
vimos poucos bichos: 2 veados, seriemas e várias outras aves. Deu pra notar várias
partes da ilha que devem ficar inundadas na cheia (inverno daqui), mas que
agora no verão estão secos e com pouca fauna nesse horário que atravessamos.
Estrada difícil, muito calor e nada de água. Para sair da
ilha ainda pagamos mais R$80,00 de balsa, que não estavam inclusos nas
informações.
Travessia do braço menor do Arag |
A conversa das pessoas é que a ilha é muito bonita e que
podem ser vistos muitos bichos e que vale a pena acampar ali alguns dias para
pescar, apesar dos índios. Pode ser tudo isso mesmo, mas pra gente já foi de
bom tamanho para conhecer...
Nossos índios!?! |
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