sábado, 31 de agosto de 2013

In natura

Como a natureza é incrível! Nós dois ficamos observando as coisas que passam e como são interessantes!
Ás vezes uma pedra, às vezes uma ave ou um inseto, outras o formato das nuvens e até a cor do céu! Estes últimos dias tem sido de um azul tão intenso, tão límpido! E se eu quisesse uma única nuvem pra remédio, não acharia.

 




Por estas bandas do Jalapão, a limpidez das águas também encanta. São tons de azul a esverdeado, mas sempre muito límpidas.
Também os tons do solo e pedras são bastante variáveis e diferentes: da areia branca em alguns lugares, passando pelos tons de laranja, avermelhado até o marrom.
E as flores então? Claro que elas sempre chamam a atenção por sua beleza e colorido, mas aqui elas têm uma intensidade impressionante, sem perder a delicadeza de costume.
Contrastando com os tons da terra (e da poeira, claro) ou com o azul do céu, elas me encantaram. Queria poder parar e fotografar cada uma delas, mas aí não conseguiríamos ver tudo o que viemos ver, então escolhi algumas amostras do que tem por aqui e fico imaginando como estarão estes campos daqui 1 ou 2 meses, em plena primavera. Deve ser de encher os olhos! Ainda mais!





Mas hoje é nosso dia de despedida do Jalapão. Começamos o dia tomando um banho na cachoeira da Formiga. Estava descendo a trilha pra chegar à cachoeira e pensando: “Ai meu Deus, ainda é tão cedo, a água deve estar fria...” Quando coloquei os pés na água nem acreditei, estava morna! E de uma cor esverdeada linda! E a massagem então...tudo que eu precisava!





E no meio da estrada vimos um camping e resolvemos parar pra conversar com o proprietário, o Seu Vicente. Um mineiro que vive ali e recebe seus hóspedes fazendo comida num fogão a lenha. E tem na sua área uma curva do mesmo rio Formiga com aquela água maravilhosa. Imagina se Niltinho não caiu na água de novo... Boa prosa o Seu Vicente!


Continuamos a caminho da cachoeira do Prata, onde fizemos nosso almoço. 



Depois dos banhos paramos em nosso último fervedouro, o do Alecrim. Vai demorar pra voltarmos a um fervedouro, então aproveitamos ao máximo e sei que vai demorar pra esquecer a sensação de estar ali.



E no último dia de Jalapão, o céu não estava mais azul como antes, tornou-se cinzento, triste mesmo. E o motivo? Vários focos de queimada. 



Encontramos 2 brigadistas no caminho com seu trabalho árduo! Nosso afradecimento a eles que, como lá na Chapada, são fundamentais para o controle dos focos de incêndio.




E o cerrado tão lindo vai perdendo espaço às plantações de eucalipto e aos campos queimados. Mas nos deixa com as luzes de sua beleza em nossas memórias e em nossos corações. E renasce a cada chuva, se permitirmos...

Um comentário: